O que está presente nos modos tradicionais de ensinar matemática é a redução da riqueza presente nos saberes que compõem este campo do conhecimento a um conjunto de técnicas algorítmicas. Neste cenário, a aplicação mecânica de fórmulas e repetição por meio de exemplos padronizados são comuns.
A prática excessiva de exercícios matemáticos em sala de aula, denominada de Paradigma do Exercício pelo metemático Ole Skovsmose, permance no citidiano de muitos professores atuantes, resultado da visão ainda fortemente arraigada na sociedade de que essa é uma etapa de preparação para exames pautados em práticas automatizadas de resolução de problemas. Ao se refletir sobre a evolução das diretrizes para o ensino, que se passaram de uma postura técnico-científica para uma concepção que valoriza o exercício da cidadania, fica evidente que os modos tradicionais de ensinar matemática não atendem às novas orientações curriculares.
Para avançar em direção à aprendizagem significativa, torna-se essencial, portanto refletir acerca das concepções do universo matemático, de modo que os conteúdos próprios desse campo do conhecimento sejam abordados como meios e não como a finalidade de ensino. Nesse contexto, a formação do professor é fundamental.
